quinta-feira, 18 de maio de 2017

João Moura Jr. hoje no Campo Pequeno: "10 anos a viver um sonho!"



O cavaleiro João Moura Júnior, que esta noite actua no Campo Pequeno, na Corrida "Vidas/Correio da Manhã”, considera os primeiros dez anos de alternativa como “uma década triunfal, em que houve muitos momentos importantes e também muitos difíceis, mas sem dúvida que foram 10 anos a viver um sonho”.
Dos momentos mais gratificantes desta sua década, destaca a sua alternativa no Campo Pequeno (3 de Maio de 2007), bem como "as corridas em que participámos os Mouras em várias praças do nosso país e muitos triunfos que consegui em Portugal, Espanha, França, México, Equador, Colômbia e Califórnia".
Quanto à nocturna de hoje em Lisboa, diz-se encantado por poder participar numa corrida à qual estão associados o nome de um grande jornal, o “Correio da Manhã”, o de uma grande instituição, que comemora 125 anos, o Real Club Tauromáquico Português, para além de ser uma corrida da temporada dos 125 anos da inauguração do Campo Pequeno.
Analisando o seu estilo de toureio, Moura Júnior considera-se um fiel seguidor da tauromaquia equestre de seu pai, o consagrado João Moura. Refere: “Sempre levei o toureio do meu pai muito dentro, mas com o meu cunho pessoal, nunca tentei ser uma cópia dele e penso que, hoje em dia, o público nos sabe distinguir perfeitamente”.
Dos cavalos que mais contribuiram para a consolidação da sua carreira, destaca o “Belmonte”, aquele com quem diz mais ter aprendido, mas refere também o “Castella”, o “Horizonte”, o “Salteador”, o “Perera”, o “Barbeiro” e o “Xeque-Mate”.
Sobre o actual momento do toureio a cavalo em Portugal diz ser “um momento difícil”: “Mas eu penso que temos muitos bons toureiros e tem de se montar cartéis com o máximo atrativo”. E refere, a este propósito, três exemplos deste ano: “A primeira corrida do Campo Pequeno, a de Alter do Chão e de Estremoz. Estas três encheram e foram três grandes corridas, das que criam aficionados”.
Sobre a ganadaria Charrua, diz já por diversas vezes ter lidado os seus toiros e considera ser uma das que, na actualidade, dá maior garantia de triunfo. “Oxalá que esta noite seja uma grande noite de triunfo!”, deseja.
Lamentando a ausência de Pablo Hermoso, por motivo de acidente, Moura Júnior salienta, contudo, a excelência do cartel onde entra o matador de toiros Antonio Ferrera, máximo triunfador da edição deste ano da Feira de Sevilha, e deixou "um abraço de solidariedade e desejo de rápidas melhoras a Pablo, um amigo da nossa família".
Quanto à sua actual quadra de cavalos, pensa ter aquela que há muitos anos procura e trabalha para ter: “Disponho de um naipe de cavalos muito bons, qualquer um de eles com um interesse especial para o aficionado”.
Na corrida desta noite irá apresenta, de saída o “Goya”, o “Fidel” e o “El Guapo”, que fará a sua estreia no Campo Pequeno. Para os ferros curtos, o “Aquiles”, o “Colombo”, o “Xeque-Mate” e três das novidades também desta temporada, o “Extraño”, o “Kleber” e o “Caviar 2”.
Sobre o que espera da sua temporada de 2017, João Moura Júnior diz: “Quero estar em muitos cartéis de máxima rivalidade”.
A corrida desta noite, segunda da Temporada Histórica do 125º aniversário da inauguração do Campo Pequeno, tem cartel formado por João Moura Jr. e Miguel Moura, os forcados de Lisboa e de Évora e o matador espanhol António Ferrera. Dada a ausência de Pablo Hermoso de Mendoza, devido ao acidente que sofreu anteontem na sua herdade e o obriga a estar imobilizado, tendo a empresa modificado ontem o formato da corrida, que passou a ser mista, vêm dois toiros da triunfadora ganadaria de Manuel Veiga para as lides a pé e a cavalo lidam-se quatro da já anunciada ganadaria de António Charrua. João Cantinho será hoje o director de corrida.
Às 18 horas, na arena da praça, é apresentado o documentário sobre os 10 anos de alternativa de João Moura Júnior e na entrada principal da praça está patente uma Exposição alusiva à efeméride.

Fotos Emílio de Jesus e D.R.